MANNING – One small step (ProgRock Records): Guy
Manning tornou-se nos últimos anos num nome referencial do novo rock
progressivo, como líder do britânico Paralell Or 90 Degrees ou metido em
inúmeros projetos – como o bem-sucedido Tangent (ao lado de Andy
Tillison). Misturando num caldeirão de influências a música do King
Crimson, Genesis, Yes e Pink Floyd, com um acento inegável
principalmente no Van der Graff Generator, o som que resulta consegue o
prodígio de soar peculiar e pessoal. Esse é o sétimo disco da carreira
solo iniciada apenas em 1999. É um workaholic e quase não dispensa
nenhuma de suas composições, aproveitando-as nos mais diversos projetos
de folk, jazz, hard rock e rock progressivo. Guy Manning também divide
sua habilidade em vários instrumentos.
No novo disco, todos os teclados, boa parte das guitarras (principalmente
as de 6 e 12 cordas!), o baixo, violões, bandolins, percussão e os
vocais ficaram a cargo de Guy, com a participação especial de gente como
Gareth Harwood (guitarras), Ian Fairbairn (violino) e Martin Orford (tecladista
do IQ e Jadis), entre outros, no álbum. O disco tem cinco faixas, mas a
última, “One small ttep... (parts I-VIII)”, entrega que é formada por
oito canções distintas (que se completam sempre na próxima) dentro do
formato de uma pequena suíte de quase meia hora de duração. Esse é o
exemplo mais explícito da técnica de composição e criatividade de
Manning, que esbanja mudanças de tempo e musicalidade, desfilando
praticamente todos os instrumentos. Um clássico. “In swingtime” e “Night
voices” também são interessantes, com direito a solo de sax etc e tal.
“No hiding place” e “The Mexico line” não ficam atrás, sendo brilhantes
e genuínas composições “prog”. Indicado sem restrições! Básico.
Amanhã tem mais.
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